Poucos assuntos complicam mais a vida de quem aprecia vinhos do que entender de cheiros/aroma/buquê.
Mas vem que eu te explico.
Cada uva tem seu sabor, aroma e acidez singular, algumas são boas para comer, outras para sucos e outras são ideais para fazer vinho.
Armazenamos mais informações em nosso cérebro do que utilizamos no dia-a-dia. E com os aromas é a mesma coisa: somos capazes de associar o cheiro de algum lugar à nossa infância, de lembrar de um amigo somente pelo perfume e de não gostar de um alimento apenas pelo aroma que ele tem.
Esses cheiros fazem parte da nossa memória afetoolfativa e são revividos por nosso cérebro em uma questão de milésimos de segundo.
Quando degustamos um vinho, obrigamos nosso cérebro a buscar aqueles aromas em nossa memória.
A ciência explica
Resultado da transformação do açúcar natural das uvas em álcool através da fermentação, o vinho tem seus aromas, em parte resultantes desse processo.
– Os aromas primários são provenientes de compostos químicos voláteis. O termo “primários” nesse caso, quer dizer os aromas de cada variedade de uva e do suco que ela produz, que será o mosto a ser fermentado.
– Os aromas secundários são os criados pelas opções de vinificação, após a fermentação. Os mais comuns são os associados ao estágio em madeira. Aqui aparecem os cheiros de baunilha, café, chocolate, tostado, etc.
– Os aromas terciários são aqueles que se desenvolvem ao longo do tempo, podendo durar anos. São duas as fontes que originam esses aromas: barricas de carvalho e/ou envelhecimento em garrafa. São os aromas mais evoluídos e complexos.
Os mais comuns são: frutas, flores, frutas secas, especiarias, animal, de madeira.
Os aromas que os degustadores reconhecem não resultam, portanto, de ideias aleatórias, mas sim, de compostos orgânicos bem conhecidos.
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